Esquemas são padrões emocionais e cognitivos desenvolvidos nos primeiros anos de vida e propagados na idade adulta. São primitivos e inconscientes, influenciando diretamente as respostas emocionais emitidas nos relacionamentos.
Em outras palavras, são conjuntos de sentimentos e reações repetitivas, formado por sensações corporais, emoções e memórias, que estão diretamente relacionados a si e aos outros.
Os esquemas podem ser saudáveis ou adaptativos, quando geram sentimentos de cumplicidade e cooperação. Podem ser desadaptativos ou disfuncionais quando resultam de necessidades básicas da criança que não foram devidamente supridas. Quase todos os esquemas podem resultar em depressão, ansiedade, abuso de álcool e drogas, sintomas psicossomáticos ou disfunção sexual.
Os esquemas lutam para sobreviver, levando a recriação das situações da infância que os originaram. O paciente sente-se atraído por eventos, situações ou relacionamentos que os ativam, reproduzindo o ambiente familiar vivenciado na infância.
Por isso, os esquemas são tão poderosos para manter pessoas próximas apesar do evidente sofrimento que essas relações provocam. Essa atração não se restringe aos relacionamentos afetivos mais intensos, mas também pode influenciar na escolha dos amigos. Na simpatia ou antipatia aparentemente explicável por certos colegas, na submissão à chefes abusivos, no assédio moral recorrente de subordinados e de especial interesse, para os terapeutas na relação estabelecida durante o tratamento.
Certamente existem muitas escolhas inconscientes interferindo nessas relações.