TDAH

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade configura-se como o distúrbio do neurodesenvolvimento de maior incidência na infância e um dos que demonstra maior prejuízo social ao longo da vida, principalmente em decorrência da baixa tolerância à frustração dos conflitos que a desatenção e a hiperatividade incidem nos contextos familiares, acadêmicos e profissionais.

O TDAH é um transtorno definido por níveis prejudiciais de desatenção, desorganização e/ou hiperatividade-impulsividade e costuma persistir na vida adulta, resultando em prejuízos no funcionamento social. A desatenção e desorganização envolvem a incapacidade de permanecer concentrado em uma tarefa, aparência de não prestar atenção ou de perder materiais em níveis inconsistentes com a idade ou nível de desenvolvimento. A hiperatividade-impulsividade implicam atividades excessivas, inquietação, dificuldade de ficar na mesma posição, intromissão em atividades de outros e incapacidade de aguardar; sintomas estes que são intensos para a idade ou nível de desenvolvimento pessoal.
O comportamento hiperativo também se distribui em diferentes sinais, desde a apresentação de movimentos corporais exagerados até a inquietação interior ou ansiedade frequente.

A pessoa com TDAH possui dificuldades na capacidade de esperar. Quando envolvida em uma conversa, geralmente quebra com todos os códigos de etiqueta, repetidamente interrompendo a fala do outro ou não ouvindo e que ele tem a dizer. É incapaz de integrar-se socialmente de uma forma natural.

Assim a vida social do indivíduo está sempre “por um fio”. É o indivíduo naturalmente propenso ao risco, uma pessoa que se direciona pela lógica do tudo ou nada, que não avalia os resultados de suas ações. Esta inclinação para o imediato não pensado e não refletido faz com que o resultado do seu trabalho seja, na maior parte das vezes, insatisfatório. A sensatez e as ponderações necessárias ao caminho das atitudes mais significantes da vida acabam sendo prejudicadas.

Critérios para diagnóstico de TDAH

Conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), pode se observar em pessoas com TDAH, algumas características frequentes em relação à desatenção, hiperatividade e impulsividade.

- Falta de atenção em detalhes ou erros por descuido em tarefas escolares, no trabalho ou outras atividades
- Dificuldades de manter atenção na execução de tarefas
- Aparentar não escutar quando alguém lhe dirige a palavra diretamente
- Não seguir instruções até o fim e não conseguir terminar trabalhos escolares ou tarefas no trabalho
- Apresentar dificuldade em organizar tarefas
- Evitar, não gostar ou relutar em se envolver nas tarefas que exijam esforço mental prolongado
- Perder coisas necessárias para tarefas ou atividades
- Se distrair facilmente por estímulos externos
- Ser esquecido com frequência em relação a atividades cotidianas.
- Remexer-se, batucar as mãos/pés ou se contorcer na cadeira
- Levantar-se da cadeira em situações em que se espera que permaneça sentado
- Correr ou subir nas coisas em situações que são inapropriadas
- Ser incapaz de brincar ou se envolver calmamente em atividades de lazer
- Não parar em determinadas situações, agindo como se estivesse com o “motor ligado”
- Falar demais
- Deixar escapar uma resposta antes que a pergunta tenha sido concluída
- Ter dificuldade de esperar a sua vez, interrompendo ou se intrometendo em conversas

Consequências sociais

O TDAH é a condição crônica de saúde de maior prevalência em crianças em idade escolar podendo estar associado a outros tipos de problemas como depressão, transtorno de ansiedade, situações abuso e/ou dependência de drogas. Pode trazer consequências negativas no desenvolvimento do individuo, ocorrendo tanto na fase da infância, quanto na fase adulta, sendo algumas citadas abaixo:

- Fracasso escolar
- Evasão escolar
- Sofrer bullying
- Problemas interpessoais
- Dependência química
- Acidentes de trânsito ou de trabalho
- Outros transtornos psiquiátricos

Avaliação psicológica

Além da entrevista psicológica e levantamento do histórico de vida, para uma correta avaliação são necessárias observações, testes psicológicos e neuropsicológicos, jogos e brincadeiras.
Ainda, é fundamental para avaliação de TDAH, a entrevista com o paciente, seja adulto ou com a criança/adolescente, com os pais ou cuidadores, bem como realizar contato com a escola.

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