Falando sobre bullying

O bullying comumente ocorre entre crianças e adolescentes, em locais sem a supervisão de adultos, como pontos de ônibus, banheiros, corredores, pátios de escola, sala de aula, entre outros.
Os atos de bullying causam dor e angústia em suas vítimas. Tais atos podem ocorrer sob a forma de discriminação, chacota, provocação, apelidos pejorativos, humilhação, criação de boatos, intimidação, ameaças verbais, exclusão e até agressão física.
A história do bullying
O bullying não é algo recente. Antigamente as atitudes agressivas eram consideradas como normais e inevitáveis no desenvolvimento da criança e do adolescente. As ações de bullying faziam parte das brincadeiras e quando as vítimas recorriam aos pais, estes os estimulavam a revidar, a fim de torná-las mais fortes e assim reforçando seu caráter. Ocorre que, no entanto, nem toda criança e adolescente possui autoestima suficiente para enfrentar o bullying.
Até 1970, esta prática não era considerada um problema social. Dan Olweus, pesquisador e professor de Psicologia da Universidade de Bergen, na Noruega, fez o primeiro estudo científico em larga escala sobre o assunto entre crianças e jovens. A partir deste, as pessoas começaram a perceber a magnitude do problema. Na década de 80 o Dr. Olweus conduziu um estudo onde realizou a primeira intervenção contra o bullying no mundo, intitulada como “Programa de Prevenção do Bullying”. Atualmente este pesquisador é considerado a maior autoridade mundial no assunto.
Na década de 2000, o fenômeno do bullying ganhou projeção na mídia nacional e internacional, tornando-se então um assunto conhecido até os dias atuais.
Tipos de bullying e as suas características:
- Bullying físico: puxões de cabelo, beliscões, empurrões, tapas, chutes, socos, esconder ou destruir objetos. Podem ser gestos de ameaças, ou invasões de privacidade; assédio sexual como, por exemplo, levantar a saia de meninas ou abaixar as calças de meninos.
- Bullying social não verbal: gestos como apontar, olhar insistentemente, rir, fazer caretas ou gestos obscenos para a vítima.
- Bullying social verbal: apelidos, sarcasmo, xingamentos, maledicência, comentários, bilhetes de ameaças, cochichos maldosos, falsa amizade, rir dos erros dos outros, contar mentiras, discurso preconceituoso, ameaças, trotes telefônicos, fazer piadas com relação a aspectos físicos, etc.
- Bullying social psicológico: fazer exclusão de forma proposital, isolamento, marginalização, ignorar o outro.
- Bullying em relacionamentos: a vítima se sente excluída ou maltratada em virtude de sua posição social.
- Bullying emocional: utiliza-se de manipulação para conseguir o que se deseja. Exige exclusividade e isola a vítima de todo o grupo.
- Bullying de extorsão: de dinheiro, comida, de objetos pessoais. Normalmente a vítima é mais jovem, menor ou mais fraca.
- Bullying direto: a vítima é confrontada pessoalmente. São atitudes que ocorrem em público.
- Bullying indireto: quando a reputação da vítima é destruída ou prejudicada.
- Cyberbullying ou bullying virtual: Ocorre através de ferramentas tecnológicas, como celulares, computadores, através da internet e seus recursos como as redes sociais, aplicativos de mensagem, e-mails, com a publicação ou envio de textos, fotos, vídeos. Os agressores se valem do anonimato e conseguem atingir as vítimas de forma perversa.
As vítimas do bullying
São pessoas inibidas, passivas e submissas que costumam sentir vulnerabilidade, medo ou vergonha intensa. Geralmente possuem baixa autoestima, estimulando assim a possibilidade de vitimização continuada. A diferença entre meninos e meninas está no tipo de agressão utilizada e não na incidência de agressão nos diferentes gêneros.
A importância da autoestima na adolescência
Certo nível de autoestima é crítico para o bom funcionamento do adolescente, uma vez que ela pode contribuir significativamente para a sua autoconfiança.
A autoestima afeta o adolescente de maneira intensa na forma de lidar com o ambiente. Crianças e adolescentes com boa autoestima persistem mais e fazem mais progressos diante de tarefas difíceis do que aqueles com uma baixa autoestima. A posição que as crianças e os adolescentes ocupam entre seus pares é extremamente importante, uma vez que a autoestima é uma função deste status dentro do grupo.
As crianças cujos pares não gostam dela, tem menos oportunidades de desenvolver suas habilidades sociais. A autoestima está relacionada à saúde mental e ao bem-estar psicológico, sua deficiência pode se relacionar com certos fenômenos mentais negativos como depressão ou até ideias de suicídio.

Ao pensarmos criticamente sobre o envelhecimento, sob o ponto de vista cultural, assumir a velhice pode ser considerado como um tanto complicado. As pessoas estão cada vez mais na busca de um “corpo jovem”, de certa forma para tentar retardar a chegada da velhice, pois sabem que culturalmente ser jovem é sinônimo de estar sexualmente ativo. Considerando o aspecto da idade, existem dois tipos de pessoas: aquelas tranquilas com a sua velhice, que aceitam seus cabelos brancos e sua condição de idoso na sociedade, e aquelas que acabam sofrendo com o processo de envelhecimento. A questão de gênero para homens e para mulheres podem ser complicadas nesta fase da vida. Citando alguns fatores que distinguem os gêneros, por exemplo, a ocorrência dos cabelos brancos para o homem pode-se considerar como um charme; já para as mulheres é sinal de que está efetivamente ficando velha. O gênero para os homens está mais relacionado à funcionalidade, principalmente com a sexualidade, enquanto que para as mulheres é uma questão muito mais direcionada para o corpo, algo mais estético, físico. O envelhecimento relacionado ao corpo está associado aos seus limites e não as suas possibilidades. Como é denominada esta fase da vida? Esta fase já passou por diversas nomenclaturas como velho, idoso, terceira idade, melhor idade, maior idade, adulto maior, vovô e vovó, sendo essa última percebida através de relatos que é a mais detestada pelos idosos e por seus familiares. Independente de nomenclaturas utilizadas, o fato é que esta fase caracteriza a velhice e, portanto, ficamos velhos. A sexualidade na velhice sempre existiu, porém agora o momento mudou, ou seja, a cultura mudou e o mercado também se interessou por esta parcela da população que está cada vez maior e cujo consumo cresce na mesma proporção. O mercado percebeu que os idosos estão “durando mais” e por isso estão muito mais em evidência do que em outros tempos. Ficar velho virou moda, não generalizando, mas é o que está acontecendo, e com estes novos investimentos nesta faixa etária os idosos passaram a consumir mais. Os jovens de ontem são os idosos de hoje, contudo muitos preservaram uma mentalidade de que não precisam se cuidar para fazer sexo e caso contraiam alguma DST, os tratamentos hoje estão avançados, e pela perspectiva de vida que lhes restam, muitas vezes preferem fazer sexo sem proteção. A sexualidade está ligada a afetividade. Constituímo-nos enquanto sujeitos através de nossa identidade sexual. Independente da idade, devemos viver nossa vida buscando ser feliz dentro de nossas possibilidades, e que saber envelhecer realmente não é uma tarefa fácil, mas que é uma etapa que chega para todos nós. Se nesse período estivermos prontos para aceitá-la teremos uma velhice mais tranquila, evitando assim passar por sofrimento.

O que diferencia puberdade e adolescência? A puberdade é um parâmetro universal, ocorrendo de maneira semelhante em todos os indivíduos; já a adolescência é um fenômeno singular caracterizado por influências socioculturais que vão se concretizando por meio de reformulações constantes de caráter social, sexual e de gênero, ideológico e vocacional. Além de a puberdade ter esse caráter universal, diz respeito a algo marcado pelo biológico; diferente da concepção de adolescência. O conceito de adolescência envolve um processo amplo de desenvolvimento biopsicossocial. A puberdade constitui uma parte da adolescência, caracterizada principalmente pela aceleração e desaceleração do crescimento físico, pela mudança da composição corporal, da eclosão hormonal, da evolução da maturação sexual, e também o desenvolvimento psicossocial da adolescência. Portanto a adolescência é um processo que se dá nessas três esferas: biológica, psicológica e social. Marcado sob o efeito dessas, o indivíduo constrói sua identidade durante este processo. A redefinição da imagem corporal, ou seja, a perda do corpo infantil e aquisição do corpo adulto, a culminação do processo de separação/individuação, a elaboração de lutos referentes à perda da condição infantil, o estabelecimento de uma escala de valores ou código de ética próprio, a busca de identificação no grupo de iguais, são características da adolescência. O jovem adolescente tem como tarefa primordial dessa fase do ciclo vital a ressignificação de sua identidade. O Estabelecimento de uma Identidade sexual, a capacidade de assumir compromissos profissionais (escolha profissional, independência econômica), o estabelecimento de um sistema de valores próprios (moral, crenças), a relação de reciprocidade com os pais e/ou cuidadores é o que vai marcar o fim da adolescência e o início do ciclo da fase adulta.